O jornalismo tem caminhos opacos ou de brilho. Pode usar de retórica convencional ou de linguagem crítica. Será conformado e mudo ou transformador. É uma questão de escolha. O que Maria Luiza nos apresenta nesta sua importante reflexão é a mesa posta, com garfo e faca à nossa frente, e o alimento pronto para ser digerido de forma já estabelecida e sem possibilidade de contestações. Mas ela nos convida a todos, sobretudo os jovens, a arrancar de vez a toalha para examinar melhor a mesa, e as cadeiras, e o mundo todo em volta e, quem sabe, preparar nosso próprio alimento. O jornalismo é alimento diário, é informação que irá construir as relações entre os homens e, por isso, como diz a autora, deve ser "ofício de esclarecimento para que o outro construa". O que Maria Luiza nos propõe é a liberdade para escolher o caminho jornalístico da responsabilidade e do brilho. E nessa escolha pode haver de tudo, menos conforto.
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SUMÁRIO
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