Em uma época em que a memória coletiva é deslocada da inter-relação entre os indivíduos e inserida em uma esfera midiatizada, o papel dos jornalistas como divulgadores da história se torna crucial. O presente trabalho propõe o estudo dos enquadramentos da memória coletiva feitos pela imprensa, especialmente no que concerne à sua apropriação para o fornecimento de explicações coerentes sobre o tempo presente. Para isso, delimitaremos as funções que o dado histórico assume na narrativa, bem como o modo como as especificidades de cada publicação influenciam neste enquadramento. Como objeto de pesquisa, serão utilizados os textos publicados nas revistas Realidade (entre 1966 e 1976), Time (de 1954 a 2008) e Veja (entre 1968 e 2008) que fizeram menção a Getúlio Vargas.
SUMÁRIO
Prefácio. Sobre Janus
Mayra Rodrigues Gomes
Introdução. O tempo e o jornalismo: com os pés no presente e um olho no passado
Capítulo I. O jornalista como agente vulgarizador da história: a memória coletiva nas páginas dos jornais
Capítulo II. A história no jornalismo a partir da história das revistas: características estatísticas dos dados
Capítulo III. Saiu da história para entrar no jornalismo: o conteúdo das matérias comemorativas que citavam Vargas
Capítulo IV. Saiu da história para entrar no jornalismo: a figura de Getúlio Vargas como contexto histórico
Capítulo V. Saiu da história para ser comparado no jornalismo: o uso da figura de Vargas como analogia histórica
Capítulo VI. A revista Time e a “história do outro”: vendo o mundo através dos óculos da Guerra Fria
Conclusão. Reenquadramentos da história em torno da memória de Getúlio Vargas
Referências bibliográficas
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