APRESENTAÇÃO
Este livro oferece uma visão transformadora para o futuro da humanidade, em resposta à crise ecológica global caracterizada por iniquidades, injustiças, desigualdades e mudanças climáticas extremas. O autor desafia a hegemonia do sistema capitalista em suas diversas manifestações – do domínio industrial e financeiro à exploração do carbono, vigilância e plataformas digitais –, questionando inclusive a atual “onda verde”. Como alternativa, propõe uma civilização verdadeiramente ecológica, baseada em princípios democráticos e biocêntricos, que valorize as aspirações solidárias do homo reciprocans em contraste com a racionalidade egoísta do homo oeconomicus. A chamada à ação é clara: para assegurar o bem-estar das gerações presentes e futuras, é essencial adotar práticas sustentáveis, preservar recursos naturais, reduzir a poluição, proteger habitats e garantir a autonomia das mulheres na luta contra o machismo e o patriarcado, fontes de feminicídios. O autor também destaca que a democracia deve permanecer como o alicerce do sistema político, com a participação ativa de todos na gestão das questões ambientais e sociais. No cerne deste livro está a busca por um equilíbrio entre as relações humanas e a preservação ambiental. O autor promove uma civilização ecológica e sustentável, priorizando o altruísmo em vez do egoísmo, a cooperação e a ajuda mútua em detrimento da competição desenfreada. Defende o prazer do lazer e o ethos da ludicidade sobre a obsessão disciplinar do trabalho, a vida social acima do consumo desenfreado, o local em vez do global, a autonomia sobre a heteronomia, o amor em lugar do ódio, e a valorização de uma produção de qualidade e produtos duráveis, em contraste com a eficiência produtivista da obsolescência programada. Esta obra une ciência e filosofia para desafiar concepções tradicionais da realidade, promovendo um pensamento crítico e uma ética intelectual de alto nível. Mais do que um receituário, ela propõe uma ecopolítica, uma visão estratégica bem informada. Acreditamos que um novo mundo é sempre possível e que nossa existência pode fazer a diferença neste mundo em ruínas marcado pelo Capitaloceno, a Era do capital.
__________________________________________________________________________________________________________________________________
SUMÁRIO
Agradecimentos………………………………………………………………………………………..13
Introdução – o todo não é a soma das partes……………………………………….17
PARTE I – Crise Ecológica Planetária………………………………………………….47
1. A civilização industrial, marcada pelo consumo de combustíveis fósseis e escassa reciclagem, perpetua uma busca incessante por novos materiais e fontes de energia, culminando em uma lacuna de circularidade e preocupantes impactos socioambientais e nos ciclos biogeoquímicos…………..48
2. A destruição da natureza é a assinatura da civilização capitalista industrial……………………………………………………………………………………………………………….56
3. A busca compulsiva por lucro está condenando nosso planeta à ruína, agravada com alterações de fenômenos naturais……………………………………………..64
4. A cobiça do homo oeconomicus sacrifica o meio ambiente em nome do crescimento infinito, a força motriz do seu modelo econômico……………………..76
5. A exploração desmedida dos recursos naturais é uma sentença de morte para a humanidade. ………………………………………………………………………………………………84
6. O capitalismo é um vampiro que suga recursos, acumula riqueza, cria dependência e explora aqueles que estão em situações desfavoráveis……………92
7. A natureza não é um recurso inesgotável, é um complexo interligado de sistemas delicados que precisamos proteger…………………………………………………..103
8. A crise ecológica planetária é diretamente influenciada pela mentalidade consumista da sociedade moderna, que promove a obsolescência programada e a substituição frequente de produtos…………………………………………………………..106
9. O consumo “ético” é uma ilusão que perpetua o capitalismo………………………110
10. O desenvolvimento tecnológico desenfreado está colocando em risco os equilíbrios ecológicos. ………………………………………………………………………………………114
11. A ganância de poucos está condenando milhões à miséria ecológica. ……..120
12. sim parte da natureza…………………………………………………………………………………….125
13. O mundo tal qual estamos vivendo exige uma ruptura radical com o sistema capitalista, que coloca o lucro acima da vida e da sustentabilidade
do planeta…………………………………………………………………………………………………………….129
14. A alternativa radical para enfrentar a crise ecológica é uma transformação profunda da nossa relação com a natureza, baseada no respeito e na valorização da biodiversidade…………………………………………………….138
15. A dimensão ambiental das crises múltiplas nos mostra que o bem-estar
humano está intrinsecamente ligado ao bem-estar de toda a biosfera, e
devemos reorientar nossas sociedades em direção a uma visão biocêntrica..143
16. A avidez do capital devasta terras dos povos originários, transforma
a natureza em mercadoria e demanda a institucionalização de uma polícia
socioambiental paraenfrentar a letalidade branca………………………………………..146
17. A terra é herança ancestral, não mercadoria capitalista. ……………………….. 152
18. No reconhecimento do respeito ao Estado Democrático de Direito, com
participação efetiva e ativa dos indivíduos, reside o caminho para a superação
da crise ecológica e a busca pelo decrescimento sustentável……………………….159
19. Para sair da crise ecológica protegendo a terra/Terra e respeitando todo
e qualquer indivíduo, precisamos pensar ecologicamente, ser antirracistas e
decoloniais com justiça restaurativa…………………………………………………………………164
20. Ao agirmos contra a degradação ambiental com mudança climática,
aquecimento global, desigualdade e iniquidade social, a palavra só pode ser
valiosa se for corajosa………………………………………………………………………………………. 172
21. Por meio da compostagem, transformamos resíduos em recursos,
nutrindo o solo e renovando a vida, lembrando-nos de nossa
nterconexão e responsabilidade com a teia da vida………………………………………… 176
22. O altruísmo pragmático é a chave para enfrentarmos as catástrofes
ambientais e sociais com amor pelo mundo………………………………………………………. 179
23. O cuidado coletivo dos comuns é a essência de uma economia
socioambiental, justa, solidária e regenerativa……………………………………………….186
24. Valorizar todas as formas desenvolvidas e autônomas de vida é a
semente da economia socioambiental, com equidade, justiça socioambiental
e sustentabilidade, cultivada pela participação democrática, solidariedade,
cooperação, comércio justo, educação, conscientização, transparência e
prestação de contas, florescendo em uma sociedade regenerativa……………….192
25. Na revelação da essência da palavra “desenvolvimento”, desatam-se as
amarras da herança colonial cuja face expropriadora desconecta indivíduos,
territórios e saberes em busca de um objetivo ilusório, abrindo os
horizontes a um progresso humano biocêntrico……………………………………………. 197
26. A amizade e o diálogo na política e na cidadania constroem o mundo
comum, em que a pluralidade de perspectivas enriquece a comunidade
política engajada na busca de saída para a crise ecológica planetária…………201
27. Atráves da bioeconomia, repensamos recursos finitos para uma
sobrevivência interligada de economia, ecologia e sociedade diversa e
plural……………………………………………………………………………………………………………………203
28. Com o capitaloceno, a consciência ecológica de uma sociedade é
inversamente proporcional à extensão do seu território……………………………..207
29. O triunfo do neoliberalismo como ordem global, tecendo uma teia de
crises e desequilíbrios ecológicos, demográficos, socioeconômicos, políticos,
psíquicos e epistêmicos, aprisiona nossa existência, mas é chegada a hora de
libertar-nos e forjarmos um novo futuro de harmonia e justiça…………………. 212
30. Capitalismo é barbárie em fluxo contínuo………………………………………………….225
PARTE II – Decrescimento………………………………………………………………….246
31. A mais enganosa das utopias é o crescimento econômico sem limites em
um mundo finito, de cujos efeitos funestos só escaparemos a partir de uma
profunda metamorfose em nossos valores civilizacionais……………………………..247
32. Para enfrentar a economia da infinitude, pratique o decrescimento, uma
transformação institucional que reajusta a economia à capacidade de suporte
dos ecossistemas…………………………………………………………………………………………………. 251
33. Com o decrescimento, habitar não é apenas residir…………………………………..256
34. Menos é mais……………………………………………………………………………………………………262
35. Viver com parcimônia, não com excesso……………………………………………………….265
36. Qualidade de vida para uma existência plena não está ligada ao consumo
desenfreado……………………………………………………………………………………………………….. 268
37. Valorize mais o ser do que o ter………………………………………………………………….. 271
38. Reconheça os limites do planeta e ajude a conte-los………………………………..274
39. Produza localmente, consuma localmente………………………………………………….276
40. O que não puder ser reduzido, reutilizado, reparado, reconstruído,
recondicionado, renovado, revendido, reciclado ou compostado deve ser
restringido, redesenhado ou removido da produção……………………………………..278
41. Priorize a sustentabilidade sobre o crescimento econômico
desenfreado……………………………………………………………………………………………………….. 280
42. Dê valor ao trabalho manual e ao artesanato como uma forma de
resistência ao capitalismo industrial……………………………………………………………….283
43. Promova a partilha e a colaboração com reciprocidade em vez da
competição……………………………………………………………………………………………………………285
44. Reconecte-se com a natureza e valorize a biodiversidade……………………….. 290
45. Equilibre o tempo dedicado ao trabalho, ao lazer e à família………………….296
46. Priorize o investimento em educação e conhecimentos em vez de focar
apenas em bens materiais, pois a vida das ideias é uma história contínua,
assim como a própria vida…………………………………………………………………………………. 298
47. Questione constantemente os padrões de consumo, pois impactam o meio
ambiente, a saúde pública e a distribuição de recursos…………………………………. 312
48. Mantenha-se consciente sobre o ciclo de vida dos produtos…………………. 315
49. Respeite as culturas e as tradições locais mantendo um olhar crítico
sobre a indústria cultural e a inteligência artificial. …………………………………..318
50. Promova uma economia solidária e justa tributando os indivíduos mais
ricas. …………………………………………………………………………………………………………………….326
51. Defenda a renda básica universal como um passo crucial em direção a um
decrescimento justo e ao bem-estar coletivo………………………………………………….. 331
52. Descentralize o poder econômico e político………………………………………………335
53. Naturalize o planejamento participativo para o decrescimento……………….339
54. Crie sistemas de transporte sustentáveis e eficientes…………………………….. 344
55. Priorize a saúde e o bem-estar dos indivíduos sobre o lucro………………….347
56. Promova a agroecologia como oposição ao nefasto modelo produtivista
agrícola com custos socioambientais………………………………………………………………. 350
57. Valorize a sociobiodiversidade sem deixar de questionar a relação
entre o sagrado e o profano……………………………………………………………………………. 360
58. Desenvolva tecnologias que sejam ecologicamente responsáveis……………369
59. Reconstrua uma relação equilibrada e harmoniosa com o planeta
Terra……………………………………………………………………………………………………………………. 380
60. A harmonia com a Terra não se herda, compartilha-se……………………………. 384
61. Não há meio ambiente saudável sem valorização das trabalhadoras e dos
trabalhadores……………………………………………………………………………………………………. 386
62. Alcançar uma sociedade de decrescimento envolve descolonizar nossa
imaginação para mudar o mundo antes que as transformações aceleradas
dele nos condene a uma dor incessante………………………………………………………….. 390
63. A aplicação dos princípios do decrescimento fortalece políticas públicas
inclusivas, reduz vulnerabilidades e assegura acesso equitativo aos
serviços essenciais, promovendo resiliência nas comunidades das periferias
urbanas…………………………………………………………………………………………………………………393
64. Para construir um futuro mais resiliente, inclusivo, com decrescimento e
em harmonia com o meio ambiente, é imperativo que reconheçamos a economia
como um meio para atingir esses objetivos, e não um fim em si mesma…………..396
PARTE III – Humanismo Biocêntrico………………………………………………..400
65. Considerar os indivíduos como sujeitos ativos que constroem e gerem ou
dominam as suas emoções é romper com o dualismo cartesiano entre emoções
e racionalidade; sentir, pensar e agir são indissociáveis……………………………….401
66. A ética biocêntrica do homo reciprocans é uma ecopolítica que nos guia
na crise ecológica planetária, um farol universal que transcende fronteiras
e norteia o coletivo, enquanto a moral se curva perante as culturas
geograficamente e historicamente situadas…………………………………………………… 404
67. No humanismo biocêntrico, a vida é a essência, conectando todas as
formas de existência, em um caminho estimulante com o ecofeminismo que
honra o passado e aprende com seus erros e descobertas…………………………… 408
68. A chamada urgente do humanismo biocêntrico é para restaurarmos a
harmonia perdida entre a pluralidade dos Homens modernos e a teia da vida,
honrarmos a interconexão e protegermos o valor intrínseco de todas as
formas de vida……………………………………………………………………………………………………… 412
69. É uma missão fundamental do humanismo biocêntrico opor-se a todas as
fontes de infelicidade que afetam não apenas os indivíduos, mas também todas
as formas de vida em nosso mundo, com o objetivo de reduzir o sofrimento e
promover a harmonia e o equilíbrio em nosso ecossistema compartilhado…418
70. A vida humana é inseparável da vida de todos os seres vivos………………….. 420
71. Reconhecer a interconexão e interdependência de todos os seres na Terra
é fundamental para preservar nossa existência com biofilia e ecofilia………..427
72. O valor intrínseco da natureza não pode ser reduzido a meros “recursos
naturais” para o consumo humano. ………………………………………………………………….431
73. A busca do lucro não deve ser priorizada em detrimento da preservação
do equilíbrio ecológico………………………………………………………………………………………433
74. “Uma só saúde” é o bem-estar humano intrinsecamente ligado à saúde e
ao equilíbrio dos ecossistemas e à soberania das mulheres sobre o próprio
corpo, com crítica à família tradicional e à santidade da maternidade…………435
75. Devemos promover uma cultura de respeito e cuidado para com todas as
formas de vida porque têm inteligência própria……………………………………………. 446
76. A diversidade biológica é um patrimônio precioso e deve ser protegida e
valorizada……………………………………………………………………………………………………………. 451
77. O consumo excessivo e irresponsável esgota os recursos naturais e
compromete o futuro da humanidade……………………………………………………………… 454
78. A solidariedade e a cooperação são essenciais para enfrentar os desafios
ecológicos globais…………………………………………………………………………………………….. 456
79. A justiça socioambiental implica em garantir igualdade de oportunidades
para todas as espécies e unificar as lutas por uma existência digna na vida em
sociedade…………………………………………………………………………………………………………….. 460
80. A ética do cuidado exige que protejamos as bases para a existência das
gerações futuras, preservando um planeta habitável e explicitando o
reconhecimento do papel das mulheres na urdidura do intrincado tecido do
mundo………………………………………………………………………………………………………………….. 463
81. Crises múltiplas interconectadas que a sociedade contemporânea está
enfrentando, incluindo a crise ecológica, a crise econômica, a crise de
valores e a crise social requerem uma abordagem epistemológica holística
decolonial…………………………………………………………………………………………………………….467
82. As evidências robustas dos conhecimentos científicos devem ser a base
sólida e confiável que embase nossas decisões nos espaços públicos………….472
83. No embate entre o capitalismo devastador e os conhecimentos das ciências
sociais e humanas reside a chave para desvendar as complexidades da crise
socioambiental e forjar um futuro em que a sustentabilidade biocêntrica seja
o alicerce de uma sociedade verdadeiramente humana……………………………………475
84. Na teia intrincada da existência, a separação ilusória entre o natural
e o social apenas obscurece a verdadeira essência humana e nos impede
de enxergar a interconexão vital que nos define como um todo, um ser
terreno…………………………………………………………………………………………………………………481
85. Devemos repensar nosso sistema econômico para incorporar os
princípios do humanismo biocêntrico, do decrescimento e ideias-chave do
ecofeminismo………………………………………………………………………………………………………. 483
86. A qualidade de vida não pode ser medida tão somente pelo crescimento
econômico, mas pelo bem-estar coletivo com cidades resilientes………………… 486
87. A espiritualidade pode nos conectar com o mundo natural e promover
uma maior consciência ecológica……………………………………………………………………… 496
88. A busca pela felicidade humana não deve ser alcançada à custa da
destruição do meio ambiente…………………………………………………………………………….. 500
89. O respeito às culturas indígenas e aos seus conhecimentos ancestrais
é fundamental para uma relação harmoniosa com a natureza e a cultura
ocidental, que deve reconhecer a exploração das invenções indígenas
frequentemente feita sem respeito, gratidão e reciprocidade. ……………………. 503
90. A água, o ar limpo e a biodiversidade são bens comuns e direitos
fundamentais de todas as formas de vida…………………………………………………………510
91. Aqui e acolá, nós, os humanos, nunca fomos cem por cento humanos!…… 512
92. Recuse a crueldade do mundo, resistindo ao fluxo constante
da brutalidade dos fatos e lutando incansavelmente pela justiça
socioambiental……………………………………………………………………………………………………. 516
93. A responsabilidade individual é imprescindível, mas também precisamos
de políticas e ações coletivas para enfrentar a crise ecológica em escala
planetária…………………………………………………………………………………………………………….. 521
94. A verdadeira saúde ultrapassa grandes divisões antropocêntricas,
abraçando toda forma de vida com igual dignidade, reconhecendo a
interdependência entre animais humanos e não humanos, unindo suas vozes
e bem-estar em prol de superar a crise ecológica e construir um mundo mais
equilibrado e sustentável para todos……………………………………………………………….527
95. A esperança reside na capacidade de agir de forma consciente e
compassiva, preservando o futuro da pluralidade dos Homens e de todas as
criaturas vivas com uma ecologia integral……………………………………………………… 530
96. É preciso uma luta contínua, de classes, por igualdade e autonomia,
e uma mudança radical em nosso sistema econômico para uma existência
verdadeiramente ética e ecológica…………………………………………………………………….533
97. Orientar a economia para servir à sociedade e ao acesso universal à saúde
é inovar, transformando-a em uma ferramenta a serviço do bem-estar de
todos, humanos e não humanos……………………………………………………………………….. 540
98. Na economia da natureza, a moeda é a vida; na missão do guardião, a
viabilidade econômica é a semente……………………………………………………………………. 544
99. Um mundo sustentável e comum é possível!………………………………………………..547
100. Unir nossa pluralidade dos Homens supera as diferenças e
permite salvar nossa casa comum, a Terra, por meio de uma crítica ao
identitarismo………………………………………………………………………………………………………..559
101. Nenhuma sociedade humana é possível duradouramente se não fabrica
uma adesão mínima do essencial da população a suas instituições e a suas
significações imaginárias. ………………………………………………………………………………… 564
Em busca de um mundo sustentável……………………………………………………. 570
Notas………………………………………………………………………………………………………589
Fontes primárias consultadas……………………………………………………………..599
Referências bibliográficas………………………………………………………………….. 601
Sobre o autor……………………………………………………………………………………….. 607
Avaliações
Não há comentários ainda.