Educação, etnicidades e alteridades: Lutas por reconhecimento

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Este livro, organizado em 10 capítulos, apresenta resultados de pesquisas de docentes e pesquisadores de diferentes instituições.

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Este livro, organizado em 10 capítulos, apresenta resultados de pesquisas de docentes e pesquisadores de diferentes instituições (Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia – UESB, Universidade Federal do Sul da Bahia – UFSB, Universidade Federal de São Carlos – UFSCar, Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira – UNILAB, Universidade do Estado da Bahia – UNEB, Universidade Estadual de Londrina – UEL e Universidade Estadual do Oeste do Paraná – UNIOESTE), que têm se dedicado a investigar, por meio de diferentes perspectivas teórico-metodológicas, questões relacionadas às etnicidades, diversidades (raça, gênero e culturas) e aos direitos humanos.

Pensar de forma interdisciplinar/multidisciplinar a relação entre Educação, Etnicidades e Alteridades: lutas por reconhecimento, como propõem os autores dessa obra, parece-nos fundamental, posto que, contemporaneamente, o campo das Ciências Humanas, em especial, tem sido desafiado a produzir diálogos, cada vez mais qualificados e simétricos, com a perspectiva e sujeitos/coletivos que demandam ao Estado Brasileiro, mas também às escolas e Universidades, a construção de novas relações com e para a produção de conhecimentos, de modo a descolonizar as estruturas de poder/saber que sustentam essas instituições.

Questões relacionadas à cidadania, aos direitos humanos, às políticas e práticas educacionais e culturais no contexto do estado democrático, aos problemas das desigualdades sociais, às diversidades, diferenças, às relações étnico-raciais, as relações de gênero, às identidades sexuais, as demandas trazidas pelos movimentos sociais, a exemplo dos coletivos indígenas, quilombolas, movimentos negros, feministas, LGBTs, etc. nos interpelam cotidianamente, nos diferentes espaços sociais. A obra "Educação, Etnicidades e Alteridades: lutas por reconhecimento" pretende trazer à discussão questões que se colocam com urgência à sociedade brasileira, sobretudo em um cenário que tem se constituído em perdas de direitos sociais, portanto, delicado, especialmente para coletivos que, historicamente, têm sofrido os efeitos perversos produzidos pelas desigualdades de acesso aos bens sociais e culturais, a exemplo dos coletivos já referidos.

A primeira parte do livro, intitulada Passado e presente afro-brasileiro: etnicidades e historicidades, é composta por três capítulos. No primeiro capítulo, os autores, tomando como base as contribuições de Barth e Honneth, abordam a questão do reconhecimento dos quilombolas como grupo étnico. Os autores apontam que a teoria barthiana contribuiu para o reconhecimento dessas comunidades quando redireciona o foco do cultural para a autoatribuição categorial e dá relevância às diferenças que os sujeitos consideram significativas nas relações intergrupais.

SUMÁRIO

Parte I – passado e presente afro-brasileiro:
etnicidades e historicidades

11 A etnicidade e o reconhecimento das comunidades remanescentes
de quilombo

Wesley Santos de Matos
Benedito Gonçalves Eugênio

29 Educação e rebeldia em Angola Janga

Álamo Pimentel Gonçalves da Silva

53 Mulheres negras do Mulungu e as vozes do saber:
histórias tecidas no tempo e no cotidiano

Maria Eunice Rosa de Jesus

Parte II – educação, alteridade e gênero

71 Antígone, a mulher que lutou pela dignidade

Rosa de Lourdes Aguilar Verástegui

87 Gênero: masculinidade e feminilidade na escola e a formação
inicial do professor

Maria de Fátima de Andrade Ferreira
José Valdir Jesus de Santana
Nakson Willian Silva Oliveira

135 Facundo: um mito antropofóbico da violência e terror
em Latino-América

Bernardo Alfredo Mayta Sakamoto

155 As mordaças da cultura do silêncio e os processos de resistência
das culturas populares: ecos das vozes subalternas

Kergilêda Ambrosio de Oliveira Mateus
Aida Victória Garcia Montrone

Parte III – os indígenas e a educação: produzindo alteridades

179 As representações dos povos indígenas na História
de Itapetinga – Bahia

Jussara Tânia Silva Moreira

203 "Passou? Agora é luta!" Dez Anos de Presença Indígena
na Universidade Federal da Bahia

Ana Cláudia Gomes de Souza

235 Multiplicar escolas, "retomar" parentes e estar na cultura:
Os Tupinambá de Olivença/BA

José Valdir Jesus de Santana
Clarice Cohn
José Carlos Batista Magalhães

297 Sobre os autores

Peso 0,4 kg
Dimensões 1,6 × 14,0 × 21,0 cm
Idioma

Ano

2020

Edição

1

ISBN

978-85-7650-602-7

Páginas

302

Versão

,

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