A partir do levantamento da história do Cacique de Ramos (uma construção paralela no plano político ao surgimento seminal do CPC da classe média) Carlos Alberto Messeder Pereira disseca a estruturação sociocultural do bloco que veio a desaguar no fenômeno do pagode, entre o final dos 70 e início de 80, e na conseqüente revitalização do samba de raiz.
Utilizando-se de substanciosa pesquisa de campo, referências na mídia e respaldo de bibliografia abrangente, ele monitora essa aparição associada à religião sincrética e ao culto dos antepassados indígenas refletido nos nomes dos fundadores da agremiação, que encontraria um curioso eco nos blocos de índios da Bahia. Com a mesma perspicácia e aparelhagem teórica o autor esquadrinha ainda a ascensão e declínio do pagode transformado em movimento e deglutido pela avidez do mercado de massas.
Tárik de Souza
SUMÁRIOO lugar do samba no Brasil
O samba e a compreensão do Brasil
Famílias de santo, famílias de samba
Os caciques se organizam
A "catequese"
Uma novidade no carnaval carioca
O sucesso
Cacique de Ramos – bloco de embalo
O desfile
Transformações
O cotidiano da quadra
A novidade do pagode
A base instrumental do pagode
Pagode – a tradição reinventada
O samba, o terreiro e os ritmos urbanos
Samba e populações negras no começo do século XX
O movimento de pagode
O pagode do Cacique de Ramos
O pagode na "Zona Sul"
O cotidiano do pagode
O pagode se consolida – a praia como palco e o espetáculo da mídia
A resposta das gravadoras
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