O jornalismo desempenha um papel fundamental na construção social da realidade, influenciando profundamente a nossa percepção do mundo. Por meio da seleção, apresentação e interpretação de informações, ele modela nossas visões e perspectivas. Ao destacar tópicos relevantes, controlar o acesso à informação e criar narrativas coerentes, o jornalismo oferece moldes para a compreensão dos eventos e seus significados. Além disso, ele define agendas, influencia opiniões e proporciona espaços essenciais para o debate.
Neste contexto, a celebração da Independência do Brasil se apresenta como um momento oportuno para reflexão. Este livro explora como o jornalismo abordou tanto o centenário em 1922 quanto o bicentenário em tempos mais recentes. A análise revela que a cobertura frequentemente foi desviada por outras perspectivas, deixando de aprofundar a discussão sobre o significado da Independência. Esse padrão contribuiu para a permanência de uma memória coletiva da efeméride construída ainda no Império e consolidada na Primeira República, da Independência como um processo linear e pacífico. O livro convida o leitor a uma análise crítica dos processos históricos que moldaram o Brasil e enfatiza a importância crucial do jornalismo na construção de nossa compreensão coletiva.
SUMÁRIOÚltimos ecos 5
Pauta 11
Efeméride e jornalismo 19
1822 27
Um processo complexo e longo 27
Independência conservadora e restritiva 30
7 de setembro 34
O papel do Jornalismo 36
1922 43
O Brasil em 1922 43
Vigilância comemorativa 46
Fazer jornalismo em 1922 48
Dimensão da comemoração 53
Dimensão social 74
Dimensão política 87
1972 109
2022 115
O Brasil em 2022 115
Fazer jornalismo em 2022 126
Dimensão da comemoração 131
Dimensão social 144
Dimensão política 151
Notas 163
Sai modernidade, entra na pauta a democracia 171
Fechamento 177
3022 181
Referências 183
Índice remissivo 197
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