Cristina Rauter nasceu no Rio de Janeiro. É professora titular de Psicologia Social e Institucional na Universidade Federal Fluminense (UFF), onde leciona nos cursos de pós-graduação e graduação em Psicologia. No início de sua vida profissional, trabalhou como psicóloga no Sistema Penitenciário do Rio de Janeiro, tendo a temática das prisões, do crime enquanto fenômeno político e a problematização crítica do papel da psicologia neste campo se tornado um dos principais temas a que dedicou suas pesquisas e escritos. Foi membro da equipe clínica do grupo Tortura Nunca Mais do Rio de Janeiro e sua experiência em psicologia clínica está voltada para questões relacionadas aos direitos humanos, tais como os efeitos da tortura e da violência institucionalizada sobre os processos de subjetivação. Sua formação está marcada por uma constante inter-relação entre os campos da psicologia e da filosofia, bem como o da política, numa perspectiva transdisciplinar. Tendo se graduado em Psicologia na UFRJ, fez mestrado em Filosofia na PUC-RJ, doutorado em Psicologia Clínica na PUC-SP e, mais recentemente, estágio pós-doutoral em Filosofia na UFRJ e na Universidade Jules Verne de Amiens. Ultimamente tem se dedicado ao estudo da filosofia de Spinoza, trazendo aportes desta para o estudo de questões clínicas e políticas do campo da psicologia. Coordena o Núcleo Transdisciplinar Subjetividades, Violências e Processos de Criminalização (Transcrim). É autora dos livros Criminologia e Subjetividade no Brasil (Revan, 2003) e Clínica do Esquecimento (EdUFF, 2012), entre muitas outras produções bibliográficas ao longo de sua trajetória.