Defesa Química

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Coletânea de artigos publicados originalmente na Revista Virtual de Química que refletem o nível de maturidade atingido pelo Brasil no tema Defesa Química.

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Na última década, o Brasil consolidou sua posição de líder regional, integrando o grupo de países emergentes e se firmando como uma economia estável e expressiva dentro do cenário internacional. Fruto dessas credenciais, sua candidatura para sediar grandes eventos logrou êxito, trazendo para o nosso território, dentre outros, os dois maiores eventos esportivos mundiais a serem realizados num curto espaço de tempo. Nessa conjuntura, considerando o grande afluxo de turistas e as exigências das entidades responsáveis por esses grandes eventos, alguns temas, antes relegados a segundo plano, ganharam prioridade e passaram a ocupar espaço no planejamento das ações a serem empreendidas em todos os níveis. Uma das áreas que ganhou grande visibilidade foi a Defesa, não só pelas dificuldades já existentes na segurança pública, mas principalmente pelas novas, que eventos como Copa do Mundo e Olimpíadas impõem aos seus organizadores, tanto para participantes quanto para o público assistente. Assim, apesar das ações antiterroristas não serem uma preocupação prioritária na rotina da segurança interna, com os grandes eventos essa possibilidade ganhou importância, impondo planejamento de ações preventivas e de reação necessárias para garantir a realização dos eventos internacionais de forma tranquila e dentro de seus objetivos.

Nesse novo cenário, temas como proteção contra ameaça química, biológica, radiológica e nuclear (QBRN) passaram a estar cada vez mais presentes na agenda do governo. Ciente da necessidade de criar condições para que a estrutura do Estado possa prevenir e responder à altura um eventual atentado terrorista envolvendo agentes QBRN, o Exército Brasileiro concebeu, dentro do projeto PROTEGER, a reestruturação do sistema de defesa QBRN do País. Para atingir seus objetivos, o PROTEGER prevê ações para adequação e modernização dos meios, bem como para a qualificação de recursos humanos aptos a atuar tanto em atividades operacionais quanto de suporte técnico. Em paralelo ao projeto PROTEGER, o Ministério da Defesa, em associação com a CAPES, lançou o edital PRODEFESA, que já se encontra em sua terceira edição, contemplando vários projetos de instituições de ensino e pesquisa do País e contribuindo para estreitar laços entre os meios acadêmico e militar através de projetos envolvendo instituições de ambos os segmentos. Tais iniciativas garantiram o investimento necessário para alavancar a aquisição e o desenvolvimento de tecnologias voltadas para a Defesa Química no Brasil, cujos primeiros frutos já estão sendo colhidos. Motivada pelas atividades de ensino e pesquisa ligadas ao PROTEGER e ao PRODEFESA, surgiu a iniciativa de lançar, em 2014, um número especial da RVq dedicado exclusivamente à Defesa Química, que agora é publicado na forma de e-Book com a adição de mais dois capítulos. O primeiro fala sobre o ensino da defesa química no Brasil; o outro (o único que não é de autoria de pesquisadores brasileiros) é uma revisão sobre as toxinas biológicas. A intenção é chamar atenção da comunidade acadêmica nacional para o tema, no contexto mundial atual, com uma publicação de qualidade que apresente o estado da arte das atividades de ensino e pesquisa em desenvolvimento no Brasil. Foram reunidos artigos com as mais diversas abordagens dentro do contexto Defesa Química. Os três primeiros são mais informativos e abordam questões mais técnicas/conceituais, como o ensino de defesa química no Brasil, a implementação da Convenção para Proibição de Armas Químicas (CPAQ) no País e as definições dos limites de exposição a agentes químicos que garantem a segurança num ambiente contaminado. Os demais artigos que compõem esta edição são mais voltados para a pesquisa em Defesa Química e tratam de temas como a fluidodinâmica computacional (CFD) aplicada na dispersão de nuvens de agentes tóxicos em locais públicos, o desenvolvimento de antídotos contra agentes neurotóxicos letais, o tratamento de queimaduras químicas provocadas por agentes vesicantes, o uso de irradiação gama para neutralizar toxinas, o perigo do uso da ricina como agente de guerra química e o desenvolvimento de superfícies catalíticas para a degradação de agentes neurotóxicos. Este e-Book reflete o nível de maturidade que o Brasil atingiu em relação ao tema Defesa Química. Certamente ainda há muito caminho a ser trilhado, mas o conteúdo desta publicação é a prova de que o País já possui massa crítica devidamente capacitada para atuar em todas as atividades a ela ligadas. Que esta publicação atinja seus objetivos de divulgação e motivação para um tema extremante sensível e complexo como é a Defesa Química.

General de Divisão Rodrigo Balloussier Ratton
Vice-chefe do Departamento de Ciência e Tecnologia do Exército

SUMÁRIO

Prefácio
General de Divisão Rodrigo Balloussier Ratton

Defesa Química. Uma nova disciplina no ensino de Química
Tanos Celmar Costa França, Gustavo Rocha Silva, Alexandre Taschetto de Castro
1. Introdução
2. A disciplina Defesa Química
3. Considerações finais
4. Referências bibliográficas

Assistência e proteção no contexto da Convenção para Proibição das Armas Químicas
Paulo Alexandre M.Cabral, Clovis Eduardo G. Ilha, Tanos C. C. França, José Carlos C. S. Pinto, Carlos Roberto da Silva, Evandro S. Nogueira
1. Introdução
2. O Brasil e a educação em segurança química na indústria e na Academia
3. Sistema de Defesa Química, Biológica, Radiológica e Nuclear do Exército Brasileiro (SisDQBRNEx)
4. O Brasil e os grandes eventos
5. Considerações finais
6. Referências bibliográficas

Exposure limits and its applications in chemical warfare
Erick B. F. Galante, Antônio Luís S. Lima, Tanos C. C. França, Assed N. Haddad
1. Introdution
2. Exposure limits overview
3. Health and safety
4. Conclusions
5. References

Agentes vesicantes
Camilla G. Colasso, Tanos C. C. França
1. Introdução
2. Propriedades físico-químicas
3. Toxicologia dos vesicantes
4. Sinais e sintomas da intoxicação com vesicantes
5. Tratamento e descontaminação
6. Considerações finais
7. Referências Bibliográficas

Identificação de mostardas por cromatografia gasosa acoplada simultaneamente a detector fotométrico de chama, detector de nitrogênio e fósforo e espectrometria de massas (CG/DFC/DNF-EM)
Roberto B. Sousa, Paulo F. P. M. Alves, Samir F. Cavalcante, Leandro B. Bernardo, Cíntia C. Barros, Cintia N. Ferreira, Antonio L. S. Lima
1. Introdução
2. Experimental
3. Resultados e discussões
4. Conclusões
5. Referências bibliográficas

Agentes para defesa contra guerra química. Reativadores da acetilcolinesterase inibida com organofosforados neurotóxicos
Elaine da C. Petronilho, José Daniel Figueroa-Villar
1. Introdução
2. Organofosforados
3. Acetilcolinesterase (AChE)
4. Processo de Reativação da AChE
5. Métodos de avaliação de reativação da AChE
6. Considerações finais
7. Referências bibliográficas

Guerra química. Perspectivas no estudo de reativadores da enzima acetilcolinesterase inibida por organofosforados
Juliana de O. S. Giacoppo, Willian E. A. de Lima, Kamil Kuca, Elaine F. F. Cunha, Tanos C. C. França, Teodorico de C. Ramalho
1. Introdução
2. Procedimento experimental
3. Resultados e discussão
4. Considerações finais
5. Referências bibliográficas

Avanços recentes na decomposição de triésteres de fosfato neurotóxicos
Eduardo H. Wanderlind, Michelle Medeiros, Bruno S. Souza, Haidi D. Fiedler, Faruk Nome
1. Introdução
2. Mecanismos de substituição nucleofílica em ésteres de fosfato
3. Hidrólise de triésteres fosfóricos
4. Reações de triésteres de fosfato com alfa-nucleófilos
5. Sistemas micro-heterogêneos e heterogêneos
6. Conclusões e perspectivas
7. Referências bibliográficas

A Química Teórica a serviço da Defesa Química. Degradação de agentes neurotóxicos em superfícies de óxido e hidróxido de magnésio
Raphael S. Alvim, Viviane S. Vaiss, Alexandre A. Leitão, Itamar Borges Jr.
1. Introdução
2. Metodologia
3. Resultados
4. Conclusões
5. Referências bibliográficas

Military potential of biological toxins
Xiu-Juan Zhang, Kamil Kuca, Vlastimil Dohnal, Lucie Dohnalová, Qing-Hua Wu, Chu Wu
1. Introduction
2. Fungal toxins
3. Plant toxins
4. Bacterial toxins
5. Marine toxins
6. Venom toxins
7. Conclusion
8. References

Micotoxinas e seu potencial como agentes de guerra
Marcelo C. dos Santos, Roberto B. Sousa, Sérgio Eduardo M. Oliveira, Keila S. C. Lima, Antônio Luiz S. Lima
1. Introdução
2. Histórico
3. Definição
4. Principais micotoxinas
5. Modo de ação
6. Impacto na economia
7. Micotoxinas como agentes de guerra
8. Métodos de detecção e determinação
9. Métodos de descontaminação e desintoxicação
10. Conclusões
11. Referências bibliográficas

Ricina e a Convenção para Proibição de Armas Químicas no Brasil
Roberto B. Sousa, Sérgio Eduardo M. de Oliveira, Marcelo C. dos Santos, Keila S. C. Lima, Antônio Luiz S. Lima
1. O Brasil e a Convenção para Proibição de Armas Químicas (CPAQ)
2. A ricina e a agroindústria da mamona
3. Extração de ricina a partir de mamona
4. Estrutura e mecanismo de ação da ricina
5. Uso de ricina como arma química
6. Detecção e identificação de ricina
7. Descontaminação
8. Destoxificação
9. Antídotos e vacinas
10. Conclusões
11. Referências bibliográficas

Quantificação da inativação da ocratoxina A pela radiação gama. Um exemplo do potencial da radiação ionizante na descontaminação de agentes químicos
Monique Cardozo, Stefânia Priscila de Souza, Tanos C. C. França, Claudia M. Rezende, Angelo C. Pinto, Antônio L. dos Santos Lima, Keila dos S. Cople Lima
1. Introdução
2. Material e métodos
3. Resultados e discussão
4. Conclusões
5. Referências bibliográficas

CFD e a Defesa Química
Ardson S. Vianna Jr., Fábio C. S. de Siqueira, Leandro R. Quintal, Antônio Luiz S. Lima
1. Introdução
2. Fundamentos
3. Potenciais utilizações de CFD na área de defesa química
4. Exemplo: dispersão de gás cloro em estação de metrô
5. Conclusões
6. Referências bibliográficas

Simulações multifásicas por fluidodinâmica computacional como suporte ao planejamento de emergências com agentes químicos
Ilmar Victor M. Barbosa, José Carlos C. Pinto, Evandro S. Nogueira
1. Introdução
2. Os modelos de fluidodinâmica computacional (CFD)
3. Aplicação ao planejamento de emergências – estudo de caso
4. Considerações finais
5. Referências bibliográficas

Peso 0,5 kg
Dimensões 1,8 × 16,0 × 23,0 cm
Idioma

Ano

2015

Edição

1

ISBN

978-85-7650-500-6

Páginas

336

Versão

,

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