O complexo personagem grego Ulisses visita um lugar do paradisíaco Novo Mundo, o Rio de Janeiro. As franjas da baía de Guanabara foram vistas pelo explorador atento à interação do homem com a natureza. Nosso Ulisses confirma uma cadeia de simbolismos na cidade, erigida por outro povo de origem europeia e latina, e vindo de outra urbs de origem miticamente grega, Lisboa.
O Ulisses narrativo, para além do mito, intui que o turismo responsável pode ser vetor da busca do desenvolvimento socioeconômico, compatível com valorização de identidades comunitárias, ampliação de cidadania e exploração racional dos recursos naturais.
E Ulisses precisa seguir em sua Odisseia fluminense. A Ilha Grande, exemplo tropical tomado para a busca final, sofre com a inflação e especulação imobiliária, assim como os outros destinos analisados: Tinguá, Niterói e o Centro do Rio de Janeiro. Ulisses percebe também que o novíssimo ciclo econômico de petróleo e gás não poupará Magé.
Ao longo de dois anos elaboramos uma contribuição ao estudo do Turismo para estimular o debate. A partir da busca por um tom de ensaio relativo, como navegante que acha seu rumo, buscamos as raízes do turismo responsável que entende um território segundo seus desafios em tradições, infraestrutura e recursos diversos. Ulisses chegou ao porto. A reconstrução de tal porto em acolhimento adequado é nossa busca permanente. Eterna como um clássico.
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