A vida social é mediada, mas também não mediada pelas tecnologias; as práticas societárias definem-se por permanentes experimentações com as tecnologias, sejam elas digitais ou não, construindo modos próprios de convergência tecnológica; as experiências comunicacionais dos movimentos populares e sociais, ainda que dispersas e nem sempre visíveis, se inscrevem na história dos processos sociotécnicos de nossa sociedade e no espectro de lutas sociais mediadas pelo tecnológico; uma variedade de usos políticos, culturais e cidadãos se conformam e são conformados pelas práticas que derivam das apropriações que fazem hoje os movimentos sociais das tecnologias digitais; as pesquisas em tecnologias da informação e comunicação não precisam ter a pretensão de uma ciência totalizante, mas podem se filiar à ciência do micro, do parcial e do possível como estratégia de não desperdício e redução da complexidade da experiência social e da diversidade epistemológica, cultural e política do mundo.
Essas seriam algumas das pistas que se abrem a partir da leitura de Cidadania e cultura digital: apropriações populares da Internet, na perspectiva de que possam inspirar e impulsionar outras tantas e possíveis incursões pelo universo das relações entre movimentos populares e sociais e tecnologias da informação e comunicação.
Denise Cogo
Professora titular do Programa de Pós-Graduação em Ciências da Comunicação da Unisinos-RS e Pesquisadora de Produtividade do CNPq
Bruno Fuser
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