O objetivo deste livro é fornecer ao leitor informações detalhadas e precisas sobre seis óperas de Richard Wagner que fazem parte do cânon de Bayreuth, apresentando-se o texto dos libretos em português, bem como análises sobre cada ópera e informações atinentes às produções levadas a efeito desde a estréia, relacionando-se dirigentes, maestros, cenógrafos e cantores que, no decurso do tempo, deram vida as criações wagnerianas.
Um dos biógrafos de Wagner, Ernest Newman, evidencia o ecletismo do compositor, enunciando que, ao elaborar suas obras operísticas, ele pôs em foco as imaginações de um compositor, de um dramaturgo, de um poeta, de um regente, de um cenógrafo e de um ator. E difícil, até hoje em dia, encontrar-se essa combinação qualitativamente numa mesma pessoa.
Após a leitura deste livro, o leitor, certamente, por mais indiferente que seja ao mundo da ópera, sentirá interesse em vivenciar, seja através das produções ao vivo em teatros, como através de CDs e DVDs, a nova estética, a dramaticidade, a musicalidade e a seriedade inerentes as obras de Richard Wagner. A ópera, em Wagner, é um gênero de drama musical inteiramente cantado, com acompanhamento de grande orquestra, utilização de motivos condutores (leitmotive), independente relativamente a modelos estrangeiros, que funde a música, a poesia, o teatro, a tradição legendária e mitológica e apintura num espetáculo único, revolucionando as técnicas de encenação operística e criando uma tradição de cenografia wagneriana. Conseqüentemente, os métodos de produção "modernos", quando não encaram seriamente as óperas de Wagner, caem na vala comum da vulgaridade e da grosseria, revoltando aqueles que amam a arte e cultuam as boas produções, altamente recompensadoras, que criam uma verdadeira comunhão entre o palco e a platéia.
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