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Hálito

Passo a passo para um hálito agradável

Paulo Nadanovsky e Silvia Britto

Prefácio

É com grande prazer que congratulo meus queridos e estimados amigos Dr. Paulo Nadanovsky e Dra. Silvia Britto pelo seu novo livro sobre halitose. Dr. Paulo Nadanovsky tem sido um dos principais pesquisadores no campo do mau hálito no Brasil e tem contribuído para o conhecimento profissional mundialmente. Dra. Silvia Britto possui uma rica experiência clínica para compartilhar. Este novo livro irá dar ao público, informações atualizadas e confiáveis. Essas informações são de grande importância, hoje. Há muitos websites comerciais (e até mesmo algumas instituições públicas de prestígio mal-informadas) que dão falsa informação aos leitores sobre as principais causas de mau hálito, seu diagnóstico e métodos de tratamento. Infelizmente, muitos dentistas e médicos internacionalmente ainda mantêm a crença errada de que o estômago é a principal causa do mau hálito (é uma causa muito rara). Pesquisadores têm reconhecido, por mais de meio século, que a principal fonte de mau hálito são bactérias que habitam a superfície da parte interior do dorso da língua e que 85-90% dos casos de mau hálito podem estar ligados à cavidade oral.

Somando-se a preocupação médica e dental, o mau hálito tem muitas implicações sociais e psicológicas que são discutidas neste livro. Milhões de pessoas com mau hálito crônico devem sofrer uma desvantagem em suas vidas pessoais e profissionais sem se dar conta disso. Por outro lado, halitofóbicos preocupam-se incessantemente com um problema que, pelo menos fisicamente, não existe. No primeiro caso, aqueles que têm mau hálito podem estar sofrendo uma “conspiração” de familiares e amigos próximos que preferem não alertá-los. Já, a maioria dos halitofóbicos não conta aos outros da sua preocupação e algumas vezes reluta em acreditar em familiares e profissionais que insistem que seu hálito está bom.

Eu espero que este novo e importante livro ajude aos portadores de mau hálito a superar seus problemas e sejam conduzidos a uma nova era, onde a halitose ganha cada vez mais um entendimento por parte do público e de profissionais. Eu congratulo esses notáveis autores pelo seu corajoso esforço.

Prof. Mel Rosenberg
Departamento de Microbiologia Humana
Curso de Medicina Dental Goldschleger
Faculdade de Medicina
Universidade de Tel-Aviv

 

Apresentação

Muitos de nossos pacientes, por já haverem tentado vários tratamentos sem sucesso, costumam encarar o problema com certa desconfiança. Os autores, em linguagem fácil e apropriada, mostram ao leitor que existem estudos sérios sobre halitose e, mais importante, que halitose tem cura. Mais importante ainda, conseguem mostrar ao leigo que eles podem e devem conhecer um pouco do assunto para compreenderem quão relevantes são as informações sobre prevenção e tratamento. Além disso, esclarecem que a halitose é um problema que afeta uma boa porcentagem da população e que da mesma maneira que provavelmente o leitor com halitose possa estar se sentindo, outras pessoas também se sentem em relação ao mau hálito.

O conhecimento um pouco mais profundo das causas e conseqüências da halitose ajuda a desmistificá-la. Precisa perceber que se trata de um problema de saúde como muitos outros e não um “azar”, como mencionado por muitos pacientes. Ao descrever alguns relatos de pessoas sofrendo de halitose, um entendimento mais fácil foi criado sobre o assunto.

Conhecer as causas do mau hálito ajuda a identificá-las em si mesmo e facilita a prevenção do problema. São causas de halitose na cavidade bucal: alterações do fluxo salivar, presença de saburra, doença periodontal, sangramento gengival, higiene bucal deficiente, retenção de alimentos embaixo de restaurações, entre outras. Os autores alertam, ainda, para outras causas tais como: problemas das vias aéreas, hálito da fome, hálito devido a alimentos ou medicamentos de odor forte, halitoses oriundas da corrente circulatória e a provocada por medicamentos que podem provocar alterações do fluxo salivar.

Depois das explicações preliminares, os autores ensinam a evitar o mau hálito temporário, enfatizando a importância da limpeza da língua, uso de pasta dental e enxagüante adequados, evitar períodos longos sem alimentação e ingerir água o suficiente. Ensina ainda o que fazer quando o mau hálito é persistente e descreve os fatores pessoais que facilitam a presença e proliferação das bactérias odoríferas na boca.

Caso seja necessária uma consulta, orienta como serão os procedimentos da mesma numa clínica odontológica com profissional formalmente habilitado para o tratamento da halitose.

Como auxílio efetivo ao leitor, que possa estar sofrendo com halitose, enumeram passo a passo um modelo de procedimentos para se conseguir um hálito agradável. Explicam com bastante clareza uma das técnicas de limpeza da língua e o uso de enxagüante. No final, oferecem um anexo que orienta e auxilia o acompanhamento dos progressos obtidos com os cuidados preconizados.

Acreditamos que o trabalho dos doutores Paulo Nadanovsky e Sílvia Britto ajuda muito na divulgação do assunto, além de permitir ao leitor realizar uma tentativa válida de autotratamento e/ou prevenção de casos de halitose de causas menos exigentes.

Dessa forma recomendo, com entusiasmo, a leitura deste Passo a Passo para um Hálito Agradável, certa de que será de grande valia para quem deseja começar a compreender o problema e encontrar informações para evitá-lo. Sendo assim, é com satisfação que dou os parabéns pela iniciativa.

Dra. Olinda Tárzia
Professora de Bioquímica Bucal
Faculdade de Odontologia de Bauru
Universidade de São Paul
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